terça-feira, fevereiro 19, 2008

Jornalismo

Jornalismo não é fácil não saiba você!
A pessoa chega lá achando que vai ser fácil, vai ter que ler uns livros, sim é verdade e terá que escrever também é claro, mas a pessoa não imagina que vai ter tanta coisa pra fazer!
É livro que não acaba mais pra ler, textos, resumos, resenhas e etc pra escrever, trabalhos em formatos variados pra entregar...
E sem contar que trabalhar em equipe com pessoas que querem ser jornalistas é difícil... Ô gentinha que gosta de um debate! Nunca vi! E o pior que a faculdade começou faz nem uma semana direito... Imagina quando todo mundo já tiver mais intimidade um com o outro? Aquele campus vai ao chão, ah vai!
Mas também não podemos deixar de dizer que estudar com pessoas (pelo menos a maioria delas) inteligentes, com senso critico apurado e bastante ativas (claro porque jornalista não pode ser preguiçoso né?!) é bem interessante.
Apesar das dificuldades, que não vão ser poucas, jornalismo é bastante legal.
Você não aprende apenas a escrever coerentemente e a entrevistar pessoas, mas também aprende a pensar melhor e expor a sua opinião de forma inteligente. Também ensina mais sobre o mundo em que você vive, o seu papel na sociedade, entre muitas outras coisas que só vivendo os 4 anos de curso que poderemos constatar.
Jornalismo assusta é verdade... Mas agente dá conta... Ô se dá!

Um comentário:

Luiz Galvão disse...

É isso aí Aninha, tudo muito maravilhoso.Já percebi que você embarcou nesse "foguete" e pelo jeito vai viajar, ou melhor, já tem viajado né?
Me perguntaram outro dia se era possível ser jornalista hoje em dia com os jornais, e de tv principalmente, tão banais como estão.E se ainda era possível fazer coisas,boas reportagens, como direcionar pautas, matérias de serviço, questionar e dar verdadeira opção do cidadão ser informado, opinar e TER chances reais de formar suas próprias conclusões e opiniões sobre: desigualdade social, os políticos indistintamente de partidos, empresários inescrupulosos e sonegadores, banqueiros e seus lucros exorbitantes, falta de infra-estrutura na rede de esgoto e moradias, abandono de crianças pelas ruas, o tráfico rolando solto e a polícia cada vez mais corrupta, assassina na maioria das vezes de inocentes,a precária situação carcerária(não há vagas, chances de recuperação no atual sistema) e a lentidão da Justiça(muitos até já pagaram suas penas e ainda permanecem presos por mais um ano)e, pior, a INjustiça praticada no Supremo Tribunal Federal que há mais de quarenta anos não mandou nenhum político para a prisão depois de centenas de provas e condenações em instâncias inferiores...... e, ainda, como romper esse tradicional "elo" entre mídias de massa, governo e grupos de políticos e empresários que dominam a velha e nova República e controlam o país(são deles a radiodifusão e os grandes impressos) um governo capitalista nesses moldes é verdade, basta pesquisar ....(claro que tudo isso imaginá-se dentro da lógica do "mínimo" de imparcialidade) enfim tantas coisas....como seria trabalhar com essas idéias dentro de uma "empresa" de comunicação?
Bem, o princípio para mim acima de tudo é a ética, o compromisso com a verdade, a informação e um poquito de imparcialidade, o que é difícil até para um jornalista.
Seria fácil dizer que tudo vem de idealismos?Ideologias?Envolvimentos políticos do profissional?Nem sei....
Afinal, tudo isso já não é noticiado e "debatido com grandes" e especiais comentaristas?
Lembro que as matérias que fiz entre 86 a 95 sobre todas essas questões parecem as mesmas de hoje.Um replay apenas.
E o fato de morar em London entre 87 e 89 me pirou a cabeça.Quando parti nem Cumbica existia e quando voltei o "primeiro" choque aconteceu ao sobrevoar a periferia da cidade, a ficha realmente caiu naquele instante, mesmo tendo ido para a Europa sabendo da verdadeira distância em todos os sentidos entre esses dois mundos.É que de fato, vivendo lá, me aculturei, interagi como cidadão, entre cidadãos e aprendi o convívio e as relações estado/empresa/indivíduo.Não necessariamente nessa ordem.Muito do que vivenciei nem chegou aqui.
"Queridos Amigos" outrora comunistas de carteirinha hoje ajudam a acabar com essa profissão em cargos de direção nas empresas.Apenas participam do jogo...e dai?
O que os "Queridos Amigos" pensavam ou faziam, para mim já foi enterrado junto com seu Che.
Modelos e idéias superadas, pelo menos por enquanto.
O compromisso social do profissional de jornalismo ou comunicador deve, isso sim, prevalecer de certa forma independente.No coração ao menos.
Aprendi aos poucos que até a palavra Jornalista nem existe mais por ela se originar de jornada, diário....não cabe nesse sentido num mundo de instantaniedade quase que real.Claro que vai demorar para que o tempo, velocidade e a viagem no espaço de uma foto/imagem/informação chegue no mesmo instante no seu device.....what a madness.
A equação velocidade da informação versus qualidade/veracidade/certeza da apuração.Qual o resultado?O que se recebe de substancial digitalizado?
A comunicação e a tecnologia caminham muito mais unidas e o conhecimento cultural e tecnológico são imprescindíveis.Sem saber tecnologia e sem conhecimento ninguém sobrevive em qualquer profissão.Empresas não existem como consequência ainda da revolução industrial.Eu trabalho em qualquer lugar,não preciso de espaço físico em determinado local, corporativo, colaborativamente e lá na ponta ganho dinheiro com minhas idéias e em conjunto.
O que há de bom nesse momento no mundo é que ao invés de tantos ideais e ideologias existe muita tecnologia.Porque o vazio, não o nilismo de Nietzsche, tem seu lugar nesse processo de mudanças.Logo virão novos atores e agentes e gente.
Não há tribos e correntes e "tralha e tal".Fragmentos e idéias sim.Nem a conexão em rede é bem observada, analisada, digerida,peneirada, pesquisada e no entano é a maior fonte de liberdade cultura e recombinação digital, um processo , ápice da visualização da história da humanidadeTudo pode estar em tudo e vc dentro de tudo.
Um bom site para se conhecer:"Participatory Culture Foundation"
A rede prolifera numa rede aberta altamente influenciada pela sociedade.Ainda com donos do capital é claro.
O capitalismo tem que assumir e deve ganhar muito dinheiro nesse contexto, mas é na área de entreternimento, música, softwares livre e na criatividade dos nossos jovens que está surgindo as condições para mudanças.
"Por cibercultura compreendemos as relações entre as tecnologias informacionais de comunicação e informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informática/telecomunicações na década de setenta.Tráta-se de uma nova relação entre as tecnologias e a sociabilidade configurando a cultura contemporânea"André Lemos.
Sem dúvida a internet é a menssagem, é o tecido de nossas vidas.A tecnologia da informação é hoje o que foi a eletrecidade para a Era IndustrialTudo faz parte de uma reunificação da ciência com a cultura e vice versa, separadas pelo projeto tecnocrático moderno e atual.
Ainda bem que "a rede" não pertence exatamente a empresas e isso vai se tornando cada vez mais distante.
Evidente que tem questões importantes, como direitos autorais...e necessitam debates.
E nos EUA têm mais de 10 mil criaças processadas por baixar música.Viva os nerds, os hackers que constroem (até destroem se quiserem) a internet.
Será que vão tirar o direito de eu ouvir música num blog?De qualquer pessoa?
Essas mudanças que citei acima são necessárias para o país(como reformas tributária, política, etc) e estão dentro de novas linguagens.
O profissional de comunicação tem o dever de saber tudo, muito conteúdo na cabeça.Porque a tecnologia é cada vez mais farta e com possibilidades incríveis.
Faculdades de jornalismo ensinam e "encaminham" jovens preparados tecnologicamente.Nas grades do ensino deveriam constar temas, pesquisas e experiências que só existem numa pós, se for boa.
Nas redações velhos modelos se deparam com fórmulas prontas.Os dois opostos estão errados.
Campus party é o futuro sim.Mas desenterrando um poquito seu Che.."sem perder la ternura jamais"